Mais furos no cinto.
08-06-2015 12:41As condições do mercado tem passado por um aperto significativo neste primeiro semestre, que agora se encerra.
As empresas vivem enormes dificuldades de manterem seus níveis de atividade e estão enfrentando reflexos em diversas frentes do negócio - como atrasos nos recebimentos com reflexos diretos na sua capacidade de pagamentos.
O crédito também desapareceu - e quem consegue algum tem de lutar por taxas que não inviabilizem os horizontes financeiros diante de um quadro de lenta recuperação.
Os tempos não são mágicos, mas de mágica mambembe para a sobrevivência.
Como sabemos as receitas de qualquer negócio se estancam muito mais rapidamente do que os custos envolvidos, especialmente os custos fixos.
Pior ainda, os custos fixos são a coluna de sustentação da atividade e não podem ser cortados indiscriminadamente sob pena de enfraquecimento da vitalidade empresarial.
Os custos de produção envolvem outras variáveis, mas também muito sensíveis ao nível de atividade.
Nesta situação de aperto as empresas precisam maximizar os recursos financeiros disponíveis em Contas a Receber, Estoques e de Financiadores - visando a alavancagem necessária para o curto prazo dos gastos fixos.
Redução de gastos sem comprometer a atividade, condições diferenciadas de vendas para facilitar os recebimentos, extensão nos prazos de pagamento e financiamentos mais baratos fazem parte da clássica receita para o enfrentamento de crises.
Porém, o mercado não pode se manter em estagnação por muito tempo sem consequências muito graves para os pequenos e médios negócios.
O agente mais poderoso do sistema é o governo que precisa reagir com sinais claros para a atividade econômica.
Aqui não vale a máxima “tarda mas não falha”. Quanto mais tarde o governo agir maior são as chances de falhar pois, ressuscitar mortos foi uma atividade de um passado muito distante.
Agora os pequenos e médios empresários precisam apertar os cintos e manter o olhos bem abertos para as oportunidades da crise.
Coragem e sensibilidade são as qualidades mais exigidas neste momento.
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